A vermicompostagem consiste no
tratamento de resíduos biodegradáveis (RB) com
recurso a minhocas.
A Vermicompostagem de RB permite
obter um produto final, o vermicomposto (vulgo húmus
de minhoca), interessante para a agricultura e para
outros sistemas de produção de plantas. A atividade
da vermicompostagem também assume outras
denominações, nomeadamente lombricultura,
lombricompostagem e minhocultura. Muitas vezes a
denominação atribuída está relacionada com a
actividade/objectivo principal na utilização das
minhocas, sendo que é frequente referir-se o nome
lombricultura e minhocultura quando se pretende
produzir minhocas para comercialização (para fabrico
de proteína animal, isco, venda, etc.) e
vermicompostagem e lombricompostagem quando o
objectivo principal é o tratamento de RB.
Na década de 40 do século passado, nos EUA (Estados
Unidos da América), Thomas Barret, considerado o
"pai" da criação de minhocas em cativeiro, foi o
primeiro a demonstrar a viabilidade de produção em
larga escala, através de um sofisticado sistema de
canteiros, daí ser esse país considerado a pátria da
minhocultura.
Em Portugal, nos anos 80 e 90 houve um grande
desenvolvimento da actividade da vermicompostagem ou
lombricultura, contudo os motivos subjacentes a esta
actividade foram o lucro fácil, de alguns, num
negócio em pirâmide. O negócio consistia na produção
de vermicomposto e minhocas para posterior
venda da “actividade” a terceiros, foram inclusive
criadas Cooperativas Agrícolas para o devido
enquadramento legal do negócio.
Mundialmente, são criadas em cativeiro três espécies
principais de minhocas: Eisenia foetida, Lumbricus
rubellus e Eudrilus eugeniae, as duas primeiras são
comummente conhecidas pela “Vermelha da Califórnia”
e a última por Gigante Africana (Peressinoto, 2001).
Fonte: CARTEIRO, Pedro; Avaliação da
vermicompostagem no tratamento de resíduos urbanos e
a sua influência na qualidade do composto produzido.
Lisboa: FCT – UNL, 2009
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